Cultura brasileira: da diversidade à desigualdade

TEMA E COMANDO


TEXTO 1


A palavra "cultura" deriva do verbo "cultivar", referente à lavoura da terra. O antropólogo Tylor (1871) foi o primeiro a propor o sentido do termo "cultura" significando o conjunto de conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer capacidade ou hábito adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade. Essa definição abrange todas as possibilidades de realização humana, além de marcar a palavra "cultura" como sendo todo comportamento aprendido, algo produzido e transmitido socialmente, e não geneticamente.

Hofstede (1991) também diz que a cultura é adquirida e não herdada, que provém do ambiente social do indivíduo e não dos genes. Para o autor, as diferenças culturais manifestam-se na forma de camadas de uma cebola. Na camada mais externa, que representa as manifestações mais superficiais da cultura, estão os símbolos (palavras, gestos, figuras, objetos). Numa camada intermediária estão os heróis (pessoas que servem de modelos) e rituais (atividades coletivas). E nas mais profundas estão os valores (preferir uma coisa a outra). Os valores fazem parte das primeiras coisas que as crianças aprendem de forma muitas vezes inconsciente. A identidade cultural constitui-se em ter os próprios valores culturais. A forma como os pais vivem a sua própria cultura fornece à criança a sua identidade cultural, e esse sentido de identidade dá um sentimento de segurança no contato com outras culturas.

Disponível em: http://plutao.sid.inpe.br(Adaptado)


TEXTO 2


Mais de 11 milhões de brasileiros vivem nas favelas, de acordo com os dados do último Censo Demográfico do IBGE. Mesmo assim, as vivências criadas nesses espaços são pouco discutidas e acabam se tornando culturas marginalizadas. A partir dessa reflexão, a professora de História, Lorena Bárbara Santos Costa, incentivou seus alunos do 5º ano da Escola Municipal Gersino Coelho, em Salvador (BA), a estudarem suas origens e se posicionarem no mundo. Esse foi o ponto de partida para o projeto É de Quebrada que Eu Vou, que buscou compreender e valorizar a cultura popular como forma de expressão artística e identitária. O projeto teve várias frentes: pesquisa sobre as origens das favelas e dos quilombos para encontrar semelhanças e diferenças entre os agrupamentos, a criação de um dicionário de gírias urbanas, com as palavras mais faladas nas comunidades de Salvador, imersão na cultura hip hop, com bate-papos com MC, grafiteiro e DJ.

Outra iniciativa inspiradora saiu da Escola Municipal Antônio Henrique Filho, de Brasilândia, no Mato Grosso do Sul, onde alunos do 6º ano criaram um Dicionário Indígena Ilustrado, que resgata as línguas ofaié e guarani. A iniciativa tem contexto: a escola tem muitos alunos indígenas, já que a região abriga a Terra Ofaié-Xavante. Apesar disso, os moradores da cidade pouco conhecem sobre essa cultura. Na escola, os alunos nativos são vistos como “os de fora” e não ficam à vontade para compartilhar suas vivências.

https://www.fundacaotelefonicavivo.org.br/noticias/alunos-criam-dicionarios-que-valorizam-culturas-marginalizadas/(Adaptado)


TEXTO 3


https://www.socialistamorena.com.br/wp-content/uploads/2017/10/nordestino1.png


PROPOSTA DE REDAÇÃO


A partir da leitura dos textos motivadores (1,2 e 3) e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: “Cultura brasileira: da diversidade à desigualdade”. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.


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